Sem luz, devendo salário e sem receita, o líder Noroeste pede socorro
Mais de 5 mil pagantes e renda superior aos RS 105 mil reais, recordes na A3, em 2020, o Noroeste venceu o Marília, no clássico regional, em 29 de janeiro. (Bruno Freitas/ECN/Arquivo)
Falta, literalmente, luz na administração de Mosca, presidente do Noroeste, testa-de-ferro do ex-presidente, o advogado Estevam Nogueira Pegoraro, apurou o Futebol Bauru.
“O vermelhinho de Vila Pacífico”, como dizia o saudoso comentarista Ary Gomes, falecido, nos tempos áureos da Rádio Auri Verde, que não existe mais, está às escuras.
A conta de luz não foi paga. Assim, há mais de 20 dias não há, literalmente nesse caso, energia no complexo “Alfredo de Castilho”, adquirido pelo Noroeste, na década de 1980, junto a então Rede Ferroviária Federal S/A.
O time, comandado pelo técnico bauruense Luiz Carlos Martins, sobrava em campo, até a paralisação do Campeonato Paulista Série A3, em 16 de março passado.
Exemplar em campo
Se em campo o Noroeste é exemplar, liderando, com sobra, a competição, desde o seu início em 15 de janeiro, fora de campo o filme surrado, tantas vezes exibido, nestes últimos oito anos, após o mega-empresário Damião Garcia, falecido, deixar o clube.
Desde 2012, quando o atual vice-prefeito de Bauru, Antonio Carlos Gimenes (PTB), assumiu a presidência, o Noroeste passou a “ver” seu déficit crescer assustadoramente.
Ações trabalhistas
O ginásio Panela de Pressão, construído para abrigar os Jogos Abertos do Interior, em 1957, já foi a leilão em duas oportunidades. Com Toninho Gimenes na presidência formou-se bola de neve com as ações trabalhistas...
Ainda em 2012, por meses, o empresário Anis Buzalaf, certamente um dos piores presidentes do Noroeste nos últimos 50 anos, foi destituído do cargo, por incompetência, pelo CD - Conselho Deliberativo.
A partir de 2017, com Pegoraro, o Noroeste aderiu ao Profut - Programa de Modernização da Gestão e Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro que deixou de honrar por absoluta falta de dinheiro, em português claro.
13º?
E agora com Mosca, apelido de Rodrigo Gomes, o time estava “avoando” em campo, mas segue “embicando” fora, com dividas que não param de crescer, e o pior, sem receita.
Depois de receber denuncia, por Whatssap, o Futebol Bauru apurou junto a funcionários que o clube ainda não quitou os 50% restantes do 13º de dezembro de 2019.
O salário do mês de abril, vencido em 7 de maio passado, está em aberto e sem perspectiva de pagamento.
Mas, oportuno lembrar, tudo é por causa e culpa do Coronavírus.
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Erlinton Goulart, Futebol Bauru
12/05/2020
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