Novo diretor quer base valorizada para sucesso do clube

O diretor administrativo-financeiro do Noroeste, João Paulo Garcia, pontua: “Se quiséssemos ganhar dinheiro com o Noroeste criaríamos um fundo de investidores. Queremos sim o Noroeste auto-sustentável”.

Aos 31 anos, gerente financeiro da Kalunga, empresa com faturamento anual de R$ 1 bilhão de reais, João Paulo Garcia é o novo diretor administrativo-financeiro do Noroeste, cargo que assumiu há menos de 20 dias.

 

Formado em finanças empresarial pela FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas, João Paulo está na Kalunga, empresa fundada pelo avô paterno e presidente do Noroeste, Damião Garcia, desde os 14 anos de idade.

 

“A paixão do meu avô é o Noroeste. Ele nunca teve pretensão de ganhar dinheiro com o clube. Que fique claro. Nós mesmos chegamos várias vezes a questioná-lo por que investia tanto e sem retorno”, lembra João Paulo.

 

“E ele (Damião) sempre nos respondia: ‘quando eu era menino pulava o muro do campo para ver o Noroeste jogar. E agora que tenho condição, faço investimento no time para que as pessoas tenham prazer de ver o Noroeste jogar’. E essa paixão passou também a nos contagiar”, destaca o diretor financeiro.

 

150 mil/mês

João Paulo, com pós-graduação na área financeira, disse que a cada 15 dias estará em Bauru. “Mas diariamente nos falamos e recebemos relatórios também diários. Queremos aliar o financeiro do Noroeste com o da Kalunga que como patrocinador master investe R$ 150 mil reais/mês, no clube”, revela.

 

João Paulo, em entrevista exclusiva ao www.futebolbauru.com.br menciona que por conta de doença na família, “o meu avô está deprimido”. Assim, o ex-diretor executivo, e agora consultor, Beto Souza, íntimo da família Garcia, procurou os irmãos Paulo e Beto, sócios da Kalunga.

 

“Meu pai e o tio Beto após as considerações embasadas do Beto Souza, resolveram, na impossibilidade do meu avô, não largar o Noroeste que tinha contas em atraso. Assim, além do patrocínio, foi mandado dinheiro a semana passada”, informa.

 

Valorizar os meninos

E a partir de então João Paulo Garcia passou a comandar o financeiro do clube. “Em nossa visão queremos o Noroeste rentável, auto-sustentável. E para isso tem de voltar a formar atletas e dar a eles sequencia de jogos. Temos de valorizar mais os meninos”, avalia.

 

O diretor acha graça quando ouve dizer que “pretendemos ganhar dinheiro com o Noroeste”. Destaca que “se quiséssemos ganhar dinheiro, como alguns falam aí, teríamos criado fundo de investidores, como tantos que têm no futebol brasileiro atualmente. Queremos o Noroeste rentável, caminhando com suas próprias pernas”, reitera.

 

Orçamento dentro da realidade

João Paulo Garcia adiantou que o Noroeste para a disputa do Campeonato Paulista Série A-2, a partir de 25 de janeiro, terá “orçamento dentro da nova realidade do clube, qual seja de investir fortemente na base, o que já foi feito na Copa Paulista”.

 

O diretor considerou erro de percurso “interromper o trabalho que vinha sendo feito na base”, à época do gerente de futebol Joice Queiroz, de triste lembrança.

 

Juventude e experiência

“Estabelecemos com o Beto Souza um teto, até porque o futebol está inflacionado. O Beto Souza juntamente com a Comissão Técnica irá contratar alguns jogadores experientes, com perfil de A-2, mas a base deve e precisa ser valorizada”, reforçou.

 

O novo diretor financeiro João Paulo Garcia deixou explicitado “sem loucuras no orçamento, mas teremos time competitivo para disputar a classificação no campeonato”, completou.

 

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Erlinton Goulart, especial para o Futebol Bauru

www.futebolbauru.com.br

07/12/2011.