João Bidu não quer a presidência
O empresário João Bidu, foto, seguirá na vice-presidência do Noroeste apoiando o presidente Damião Garcia. Os argumentos não foram suficientes para fazer João Bidu aceitar a presidência, se Damião vier a renunciar.
O bem sucedido empresário João Carlos de Almeida, o João Bidu, dono da Editora Alto Astral com dezenas de publicações de sucesso no Brasil e no exterior, definitivamente descartou vir a assumir o Noroeste, clube por quem tem raízes solidificadas.
Cirilo, o pai de Bidu, formou no ataque do time campeão do Interior em 1943. Roberto, o “cheirinho”, irmão caçula de Bidu, também foi jogador do time na década de 70 e o próprio João Carlos de Almeida acompanhou o time, por mais de 30 anos, como narrador esportivo da Rádio Auri Verde.
Sem perder a humildade e tampouco os lastros da infância do tempo em que montava a égua “boneca”, em Curuçá, hoje Vila Dutra, João Bidu foi assediado nas últimas semanas para vir a presidir o Noroeste, caso o presidente Damião Garcia, de longe o maior benfeitor da história centenária do clube, viesse a deixar o cargo.
João Bidu ´enxergou` o óbvio ululante: o clube, com mais de 20 funcionários e a estrutura construída pelo mega-empresário Damião Garcia, não se sustenta por si só, ainda mais agora na Série A-2, sem o dinheiro da TV no Paulistão. A cidade ajuda pouco, “são sempre meia dúzia de empresários, não mais, dispostos a investir”, sabe como ninguém o vice-presidente João Bidu.
Sonho de ilusão
Bidu chegou a sonhar com a formação de um grupo de empresários e de um convênio com a Prefeitura, mas logo caiu na real e percebendo que da meia dúzia de empresários viria pouco e da PMB promessas que dificilmente se materializariam. Afinal, a PBM tem prioridades urgentes nas áreas de infra-estrutura, social e principalmente no atendimento da saúde, doente, anacrônica e viciada.
Bidu ouviu todos com fidalguia, se divertiu com os passionais que da noite para o dia, “acharam” o presidente ideal, mas não se deixou impressionar. Bidu, empresário realizado, não entra no conto pueril daqueles que acreditam ser possível tocar o Noroeste com 50 mil reais mensais.
Em entrevista ao www.futebolbauru.com.br João Bidu deixou claro não quer ser presidente do Noroeste. “Desejo sim seguir apoiando o presidente Damião Garcia”, mas também não sabe por quanto tempo mais devido à empresa estar em processo de expansão e também porque dedica-se muito na presidência da Sorri-Bauru.
Sem o aporte financeiro do dono da Kalunga, leia-se Damião Garcia, o Noroeste torna-se inviável. Sobreviverá naturalmente, mas sem Damião voltará a ser clube mambembe. João Bidu e qualquer cidadão com mínimo de sensatez sabem que hoje o EC Noroeste é mais razão, é mais empresa do que ufanismo e paixão.
Erlinton Goulart, especial para o Futebol Bauru
28/05/09.
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