Ironia do destino: Tiffany marca e leva Osasco ao título contra Bauru

Tiffany foi contratada em 2017 para defender o Vôlei Bauru. (Marcelo Ferrazoli/AVB/Arquivo)
A trans Tifanny Pereira Abreu, 40 anos, 1m94, ponteira/oposta que em 2017 chegou ao Vôlei Bauru vinda do Golem Palmi, da Itália por coincidência ou ironia do destino, fechou o caixão do Sesi Bauru.
Na
disputa pelo título da Superliga quinta-feira passada no Ginásio Ibirapuera
O placar de 3 sets a 1, em melhor de cinco sets não espelha o jogo disputado, com parciais de 26x24, 19x25, 28x26 e 25x20 na vitória de Osasco sobre o Sesi Bauru que mais uma vez chegou, mas morreu na praia. O time de Bauru desde 2015, quando disputou pela 1ª vez, jamais ganhou a Superliga.
História
Tifanny entrou para a história do vôlei brasileiro se tornando a primeira atleta trans a conquistar a Superliga por Osasco, após 10 anos na fila.
Depois da partida, a oposta do Osasco se emocionou em entrevista ao Sportv e revelou que deixou as redes sociais para focar nos playoffs.
Muito orgulho
“Tem mulher trans campeã da Superliga. Com muito orgulho. Eu recebo muitas críticas. Nesta fase final, eu resolvi sair das redes sociais. Mesmo quando não quero, alguém me marca em algo que machuca, escutar tanta transfobia, tantas coisas ruins”, falou Tifanny.
Ainda
de acordo com a jogadora “Hoje tem representatividade dentro das quadras para o
esporte brasileiro e mundial. Muitas crianças e adolescentes se inspiram
Lutei, trabalhei
“Hoje, mais pessoas têm essa visibilidade. Eu sou a representante do esporte. Vou continuar minha luta. Eu estou aqui porque eu lutei, tive resiliência, trabalhei dia após dia, abdiquei de várias coisas. Se eu não treinar, não jogar, não conseguiria estar aqui”, completou.
Quando contratada em 2017, pelo Vôlei Bauru, Tiffany foi a primeira transexual brasileira a atuar no vôlei feminino após concluir o processo de mudança de sexo.
Redação
Futebol Bauru/Terra
02/05/2025
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