Há 41 anos Noroeste fez jogo histórico contra a Portuguesa Santista

28/02/2018Noroeste

Time do Noroeste/1976. Da esquerda para a direita: Elzo, Lelo, Luís Carlos, Araújo, Moacir e Lorico. Rodrigues, Picolé, João Carlos Faciolli, Nivaldo e Nelson Borges. (Gazeta Press)

Há mais de 41 anos no estádio Ulrico Mursa, em Santos, o Noroeste fez jogo histórico contra a Portuguesa Santista, pela última rodada do Campeonato Paulista de 1976.

 

O Noroeste venceu por 2 a 0, gols do meia-atacante Picolé que mais tarde foi negociado ao Palmeiras e depois jogou no futebol do México. Com a vitória, incrível, o Noroeste deixou o Santos fora das finais do Paulistão.

 

Carro de Bombeiros

Comandado pelo então técnico Vilson Francisco Alves, o Capão, falecido, a delegação do Noroeste desfilou em carro de Bombeiros, segunda-feira, dia 5 de julho e foi recebida ao final da tarde, na Prefeitura pelo prefeito Luiz Edmundo Coube, falecido.

 

Sábado, à noite, em 3 de julho de 1976, diante de mais de 9 mil pagantes na Vila Belmiro, o Santos não conseguiu vencer a Ferroviária.

 

Com o empate, sem gol, o Santos só disputaria as finais se o Noroeste não vencesse a Portuguesa Santista, domingo de manhã, também em Santos.

 

O Santos com Wilson; Zé Carlos, Vicente, Marçal e Fernando; Clodoaldo e Léo; Baba, Toinzinho, César e Edu parou no goleiro Sérgio, da Ferroviária.

 

Ligação ao coronel

A delegação do Noroeste, sob a presidência de Cláudio Amantini, não conseguiu dormir no então Hotel Praia Paulista, no Gonzaga, de propriedade, à época, de Modesto Roma, presidente do Santos e pai do ex-presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, o Rominha.

 

O jornalista bauruense Dalmo Pessoa, à época comentarista da potente Rádio Bandeirantes, telefonou diretamente ao então secretário de Segurança Pública, coronel Antônio Erasmo Dias, no governo de Paulo Egídio Martins.

 

O hotel foi cercado por dezenas de viaturas policiais. Torcedores que soltavam rojões foram afastados e o time do Noroeste, pode, enfim, dormir.

 

Dois gols de Picolé

No acanhado e malcuidado campo de Ulrico Mursa, no morro do Marapé, com arbitragem de Almir Ricci Peixoto Laguna e diante de 6 mil pagantes, o Noroeste venceu. Picolé marcou aos 41´/1º e aos 19´/2º.

 

O time, naquela manhã de domingo de pouco sol, em 4 de julho de 1976, foi a campo com Luís Carlos; Marco Antônio (irmão do Zé Maria, do Corinthians), Didi (irmão do Leivinha, do Palmeiras), Araújo (falecido) e Lelo (bauruense, falecido); Lorico (falecido), Nivaldo e Picolé; Rodrigues, João Carlos Faciolli e Daécio (emprestado pelo Corinthians)

 

Erlinton Goulart, Futebol Bauru

www.futebolbauru.com.br

28/02/2018

 

Erlinton Goulart trabalhou como repórter da então Rádio Auri Verde nos dois jogos. Na Vila Belmiro, com o narrador João Carlos de Almeida, o João Bidu e comentários de Ary Gomes, falecido. Em Ulrico Mursa com narração de Paulo Sérgio Simonetti e comentários de Almir Farha, falecido.


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