Estádio abandonado pela Prefeitura abriga jogos do futebol Amador

18/05/2010Liga Bauruense

Vestiários sem contra piso. Terra batida

Bola praticamente some em buraco

Vestiário em estado deplorável

Alambrado destruido. Imagens: Emerson Luiz Sandi

Vestiários em terra batida, grama alta esconde buracos e alambrados destruidos facilitando invasão no Estádio de propriedade da Prefeitura Municipal de Bauru.

O excesso de times em seus campeonatos: 24 na 1ª Divisão e 28 na 2ª, levou a Liga Bauruense de Futebol Amador a “convencer” a Semel - Secretaria Municipal de Esportes e Lazer a liberar o máximo possível de estádios, entre eles o Distrital “Toninho Guerreiro”, no Núcleo Mary Dotta, que segundo a Semel passou por melhorias, mas não vistas significativamente e o “Zenzo Kikuti”, em Tibiriçá.

 

Distante 25 km da Praça Rui Barbosa, na região central de Bauru, o estádio “esconde”, principalmente da Semel, que o liberou, e das autoridades constituídas, várias irregularidades. O local que deveria estar fechado para receber melhorias mínimas se encontra liberado pondo em risco jogadores e torcedores.

 

A irresponsabilidade de se permitir jogos no local é uma afronta. O Ministério Público fechou em 2007 estádios distritais em Bauru para que os mesmos fossem reformados, oferecendo o mínimo de segurança.

 

Precariedade e indignação

Após vários jogos em Tibiriçá, a mando da Liga Bauruense, dois dos 28 clubes da Segunda Divisão se indignaram. Domingo passado, pela quarta rodada, na vitória de 3 a 1 do Fênix sobre o Colorado, o radialista Emerson Luiz Sandi que esteve no local relata.

 

“A partida realizada entre Fênix e Colorado deixou revoltados os dirigentes das duas equipes. O estádio, de propriedade da Prefeitura de Bauru, não oferece as mínimas condições para a realização de uma partida”, lembra Sandi.

 

Segundo o radialista “Flávio de Souza, presidente do Fênix e Rodrigo Dias, presidente do Colorado, estavam indignados e revoltados, assim com os jogadores. Os problemas começam nos vestiários. Sem as mínimas condições de uso, o local não possui sequer contrapiso. É terra batida. Mas não são apenas esses os problemas”, revela.

 

O alambrado está praticamente destruído em toda a volta do estádio. “Em caso de brigas, os torcedores invadem o gramado com muita facilidade”, lamenta Sandi que também observa a precariedade do campo. “O gramado com grama alta tem buracos que chegam a esconder a bola”, destaca, comprovando em imagens.

 

MP fechou campos

Em dezembro de 2007 o promotor da Cidadania e Patrimônio Público, Fernando Masseli Helene determinou o fechamento dos estádios distritais para reformas e melhorias. A Prefeitura de Bauru atendeu e a partir de abril de 2008 foi liberando, gradativamente, os campos.

 

À época passaram por adaptações atendendo ao Ministério Público, os estádios distritais “Horácio Alves Cunha”, no Jardim Bela Vista; “Sílvio de Magalhães Padilha”, na Vila Giunta; “Nelson Reginato do Canto”, no Jardim Redentor e “José Carlos Galvão de Moura”, no Núcleo Gasparini.

 

O Estádio “Zenzo Kikuti”, no Distrito de Tibiriçá em estado deplorável, e que não vinha sendo utilizado para jogos do futebol amador de Bauru desde 2006, abrigará, incrível e absurdamente, neste final de semana seis partidas.

 

Neste sábado, a partir das 13h30, Bela Vista x Fluminense e Ferraz x Ferradura e no domingo também à tarde, São Jorge x Borborema e Bauru XXII x Águia do São Geraldo, pela 2ª Divisão. E domingo de manhã, pela 1ª Divisão, Ouro Verde x Parque Real e Milan x Leônico. Todos pelos campeonatos da Liga Bauruense de Futebol Amador.

 

Erlinton Goulart, com colaboração de Emerson Luiz Sandi, especial para o Futebol Bauru

www.futebolbauru.com.br

18/05/2010.

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