Sem grito, sem desespero na queda do avião

05/12/2016Mais Esportes

Antes do impacto em solo colombiano, terça-feira passada, não houve gritos ou desespero.

 

Em conversa com o médico da Chapecoense (SC), Carlos Henrique Mendonça Silva, que foi até a Colômbia para prestar assistência aos sobreviventes, Erwin Tumiri, um dos sobreviventes que vitimou 71 pessoas, negou desespero.

 

Em entrevista à Rádio CBN/Diário, o médico disse que o comissário afirmou que os únicos alertas foram forte turbulência e o sinal para que atassem o cinto.

 

“Eu solicitei à diretoria do hospital que, como médico, gostaria de conversar com Erwin, até para entender um pouco mais. Eles se sensibilizaram e me deixaram entrar. Erwin me falou que, durante o momento crítico, não houve nenhum sinal de emergência. Só acenderam os sinais para colocar o cinto”.

 

“Ele foi com a comissária para trás. Não houve nenhum tipo de tumulto. Houve uma turbulência muito forte, eles ficaram em posição de emergência e houve o impacto. Ele falou para mim que não houve sofrimento, nenhuma gritaria, que não deu nem para sentir a queda”, disse o médico.

 

Na conversa com Tumiri, Carlos também perguntou sobre o plano de voo adotado pelo piloto. Segundo o médico, o comissário também estranhou o fato de o avião não ter parado para abastecer antes de seguir para Medellín.

 

“Eu perguntei por que eles não pararam. Ele me disse que estranhou. Ele se mostrou assustado de não ter parado. Isso me deixou muito inquieto”.

 

O comissário da Lâmia, Erwin Tumiri quer continuar sua carreira na aviação. O boliviano chegou a cidade de Cochabamba e tratou o ocorrido como “um pequeno tropeço” ao revelar sua vontade.

 

Redação Futebol Bauru

www.futebolbauru.com.br

05/12/2016


Veja Também